O Gerês é um prefácio de Lineu.
É com prazer renovado que o corpo desperta para os trilhos ásperos e encantados
entre as crostas de granito das encostas, bordejando lameiros ou mergulhando sob
a frescura densa das copas dos carvalhos e de outros companheiros silvícolas.
Esparzido branco e rosa das
urzes, pinceladas violetas das torgas, manchas amarelas do tojo vibrando entre
os verdes em mutação na balbúrdia vegetal. O cheiro de tudo isso e muito mais
encharca as narinas.
Socorro-me de Miguel Torga, que
terá calcorreado estas cercanias: “subo ao alto da serra, olho em redor, e até
me parece impossível que nas pupilas tão pequenas do homem possam caber certas
grandezas” (in Diários, Vols. IX a
XVI).
Fica o desenho, concluído em
casa (coloração), executado numa paragem antes de atacar a vertente que
empareda o horizonte.
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